Inauguração da exposição de fotografias “Aqui morreu uma mulher” em Cantanhede

18-10-2018

Ontem, dia 17 de outubro, foi inaugurada a exposição de fotografias "Aqui morreu uma mulher", nos claustros dos Paços do Concelho de Cantanhede.

A iniciativa organizada pelo Núcleo de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica (NAVVD) de Cantanhede, da Associação Fernão Mendes Pinto, e pelo Município de Cantanhede contém trabalhos da jornalista Teresa Campos e do fotógrafo José Carlos Carvalho.

A mostra surge no âmbito do um conjunto de iniciativas sob o tema "Democracia, Igualdade de Género e Direitos Humanos" e vai estar patente ao público até 23 de outubro nos claustros dos Paços do Concelho de Cantanhede. No dia seguinte vai estar no Centro Paroquial de São Pedro e termina, no dia 25 e 26 de outubro, na Praça Marquês de Marialva (open space).

A inauguração contou com a equipa do NAVVD de Cantanhede, João Fernandes e Joana Nascimento, e pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Pedro Cardoso, e pelo vereador Adérito Machado.

A exposição é fruto de um projeto da revista Visão que durante o ano de 2015, aquando do 15.º aniversário de que a violência doméstica passou a ser crime público, decidiu fotografar locais dos crimes e contar as histórias das mulheres que viram as vidas ceifada sem contexto de violência doméstica.

Durante todo o ano de 2015, Teresa Campos e José Carlos Carvalho percorreram todo o país, pequenas aldeias e grandes cidades, zonas pobres e bairros privilegiados, e ouviram histórias de mulheres, jovens e idosas, em que a vítima mais velha tinha 84 anos e a mais nova apenas 23, retratando assim de forma autêntica as crónicas de 28 mulheres que morreram às mãos de maridos e companheiros.

A exposição que está a percorrer todo o país e trata-se de uma iniciativa conjuntada da Visão, do Gabinete do Ministro Adjunto e da Câmara Municipal de Lisboa. A iniciativa "Roteiro Cidadania em Portugal", promovida pela ANIMAR - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local em parceria com a Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, reproduziu agora esta exposição para desafiar as comunidades locais em todo o país a conhecerem esta realidade que é urgente mudar.