Cadeia Velha - Pastelaria

Pinhas de Montemor

Sob o olhar do imponente castelo, a maior fortificação do Mondego e uma das mais belas do país, e ladeado por extensos arrozais, que oscilam ao sabor das estações, está Montemor-o-Velho. Mundialmente conhecida pelos seus doces conventuais e tradicionais, a sede do concelho mais doce de Portugal tem ainda um segredo por desvendar: as Pinhas de Montemor.

Inspirada pela paisagem ímpar do Baixo Mondego, que vai mudando de cores ao longo das estações, a Associação Fernão Mendes Pinto criou há mais de duas décadas um doce regional que nos últimos anos tem conquistado o paladar e o coração dos portugueses.

Uma crocante bolacha - no formato de uma pinha fechada - confecionada com farinha e manteiga envolve um cremoso recheio de doce de ovos feito à base de açúcar e ovos. Depois de misturados os ingredientes, as formas são barradas com a massa da bolacha e depois preenchidas com o recheio. Os moldes em ferro fundido, feitos a partir de pinha verdadeira, encaixam dois a dois e são colocados numa caixa de tubos para serem levados ao forno em posição vertical. Cada fornada demora cerca de 30 minutos a cozinhar e as pinhas são desenformadas ainda quentes.

Todo este processo é moroso. Entre a preparação da massa e do recheio até à retirada das pinhas das formas são precisas cerca de duas horas.

Numa época em que as entidades sem fins lucrativos devem diversificar as suas fontes de rendimento, a produção e comercialização das Pinhas de Montemor é encarada como uma oportunidade, uma vertente empresarial, em prol da concretização da missão e valores da instituição.

As Pinhas de Montemor estão patenteadas desde novembro de 1998 pela Associação Fernão Mendes Pinto, instituição de solidariedade social com sede em Montemor-o-Velho. Nasceram por inspiração da espiga doce - doce tradicional montemorense - criada a meio do século passado e traduz-se numa área de intervenção da Associação Fernão Mendes Pinto que dá corpo à missão social da instituição.

A produção das Pinhas de Montemor é também uma questão solidária por ter sido impulsionada quando a Associação Fernão Mendes Pinto teve aprovada a medida empresa-inserção que acolheu públicos socialmente desfavorecidos. A partir deste projeto surge a Empreendimento Hoteleiro "A Cadeia Velha", onde são confecionadas as Pinhas de Montemor.

Estes doces da Associação Fernão Mendes Pinto são fabricados ao longo de todo o ano. Podem ser adquiridos diretamente na "Cadeia Velha" ou nos diversos estabelecimentos comerciais que distribuem as pinhas por toda a região.


Prémio Caixa Social 2022

A Associação Fernão Mendes Pinto recebeu no dia 02 de junho o Prémio Caixa Social 2022, no Eixo de Intervenção: Recuperação e Resiliência.

Este prémio é uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos e foi criado com o objetivo de contribuir para o Crescimento Sustentável e Inclusivo através da promoção do empreendedorismo social e apoio financeiro a projetos com caráter inovador, diferenciador e com impacto social junto de diferentes públicos, dando respostas às atuais problemáticas sociais. Pretende ainda desafiar as entidades de economia social a promover e aprofundar a capacitação e requalificação de forma potenciar a criação e/ou retenção de emprego e reforçar as boas práticas na vertente social.

O Projeto apresentado pela AFMP intitula-se DOCE INCLUSÃO, e pretende associar a produção do Doce Regional Pinhas de Montemor à integração social e profissional de pessoas com deficiência e/ou incapacidade, reduzindo a discriminação e potenciando a sua autonomia.



Morada:
Empreendimento Hoteleiro "A Cadeia Velha"
Rua Conselheiro Dom João de Alarcão
3140-252 Montemor-o-Velho
(junto à Biblioteca Municipal Afonso Duarte)

Número de telemóvel:
913 834 072